terça-feira, novembro 21

Papainoelholic

Minha mãe chegou ontem de São Paulo, trazendo 19 espécimes de Papai Noel, pra acrescentar à sua coleção, que está chegando a 100. Tem bochechudo, narigudo, barrigudo, comprido, subindo escada, pulando de pára-quedas, fazendo tirolesa, o que vocês imaginarem. A casa está tomada, se fizerem um motim, estamos ferrados.

Meus (futuros) filhos vão morrer de medo do bom velhinho...

Bancos, tamboretes e outros assentos

Só pra registrar, depois de quatro meses, recebi meu cartão de débito do Banco Real. Finalmente, vou poder movimentar o rico dinheirinho que recebo por lá. Quero dizer, depois que eu cadastrar uma senha de acesso. Só depois que eu ligar pro Disque Real. Mas só depois que eu receber pelo correio a senha do Disque Real. Porque na agência eu não pude fazer nenhuma dessas coisas...

Acho que vou tentar o Unibanco, alguém sabe se é uma boa?

Back to Penicocity

De manhã cedo parto pra Petrópolis e, após um abacate em pó grupal - leia-se reunião - retomo minhas atividades na residência.

Whatever, 41 days to go.

segunda-feira, novembro 20

A arte do (re)encontro

Voltar ao Coral Universitário, mesmo que por prazo limitado, me fez começar a ver o lado bom da vida de novo. Essa semana foi mais leve, alguns deveres cumpridos, outros nem tanto, mas o resultado final foi positivo: é sempre gostoso se (re)descobrir bom em alguma coisa.

Além disso, aquela história piegas de que os amigos de verdade são pra sempre, mesmo que distantes, até que está certinha, mas nada como estar perto. Gostoso demais voltar a conviver com André, Lu, Beta, 'Ção, Rhee, Michel, Lô, Marcinha, Carla, a minha eterna Marilu, entre tantos outros do coração, e ainda abrir espaço para novos amigos.

Levar bomba nas provas é péssimo, mas aponta para um retorno. Voltar pra Minas é voltar pra casa, e voltar pra casa é voltar pro CU.

Vou dormir bem hoje...

domingo, novembro 12

Análise de produtividade

Passado o baque da prova de hoje (eu me recupero depressa pra próxima porretada), eu fiquei pensando... Todo mundo nasce com o objetivo de fazer uma coisa grandiosa na vida? Ou não? Avaliando a minha função no planeta, me ocorreram três respostas:

1) Sim, eu nasci pra fazer algo grandioso. E tô indo mal no projeto. Acho que vou falhar.

2) Não, apenas alguns nascem pra fazer algo grandioso. Nesse caso:
a) Eu fui um dos escolhidos. E tô indo mal no projeto. O que é péssimo, já que não tem muita gente pra me substituir...
b) Eu não fui um dos escolhidos. Aí, então, tô indo bem no projeto. Sucesso pleno em ser medíocre.

Me fudi, anyway.

Mais uma pra coleção

Acabo de voltar de São Paulo, onde colhi mais uma naba em concursos pra residência. Enquanto não criar vergonha e me preparar pra eles, vou viver contando com a sorte - isto é, azar.

Tenho um ano pra decidir o que vou ser quando crescer. Se isso acontecer.

De qualquer forma, aproveitando a viagem, descobri por quê prefiro o Rio a São Paulo... Sampa é o máximo, parece Nova York, adoro. Mas o Rio não parece nada mais que o Rio. É único.

Palavra de carioca do brejo.

sexta-feira, novembro 10

Inferno astral

Galera, meu inferno astral começou atrasado, esse ano. Veio depois do aniversário. Tá tudo dando errado, e eu não tô sabendo por onde começar a consertar a minha vida.

Ontem meu dia foi ótimo. Sete da manhã, na porta do ônibus, uma velhinha perde o equilíbrio e tomba. Eu consegui segurar, em cima do lance. Ela ficou em pé, mas eu... Caí sentado, na poça d'água. Imagina só, roupa, a carteira... Foi chique, perdi uma hora e a moral com a staff no estágio, porque é duro de acreditar.

Enfim... Fiz contas errado, esse mês, e descobri que deixei um rombo no meu cheque especial, talvez recuperável no fim de dezembro. Isso, descontando o Natal. Acho que não vai rolar presente pra ninguém, já que tô andando só com a grana da passagem de ônibus, e comendo no refeitório do hospital pra não passar fome.

Continuo levando ferro nas provas, não sei onde vou morar esse ano, onde vou trabalhar, e se eu não casar em 2007, acho que levo um pé na bunda - merecido, a propósito.

Já que eu também nem sei o que quero da vida, tô pensando em deixar ela degringolar de vez... Vai ver ela acaba dando certo!

terça-feira, novembro 7

De mentiras e incompetências

Mais ou menos 2 meses antes do primeiro turno, recebi um e-mail que denunciava a aposentadoria de Alckmin, como médico, com um salário próximo de 8 mil, a título de anistia por causa de umas horas que ele teria passado sob custódia durante o regime militar. Uma militância tão desprezível que nem faz parte de sua história publicável... Absurdo indiscutível.

Mas não é que, às vésperas do segundo turno, chegou outro texto que discutia a formação médica de Alckmin? Um cara que, aos 19, já era vereador, depois prefeito, deputado, vice-governador, governador, se formou num curso com duração de 6 anos? E ainda se especializou em Anestesiologia? E nem está inscrito no Conselho Regional de Medicina em seu estado de origem? Como pode?

Não pode. As teorias são mutuamente exclusivas: ou ele não é médico, ou ele é médico aposentado. Ou nenhuma das duas. Neste ponto, vale esclarecer que:
(1) Sim, o CRM de São Paulo mantém um registro de médicos inscritos no estado;
(2) Não, Geraldo Alckmin não está inscrito; e
(3) A informação é irrelevante. Só tem CRM quem exerce a profissão - e, isso, a gente sabe que ele não faz. Pode significar que ele está desatualizado, sua atuação como médico seria medíocre, mas nada tem a ver com o diploma do moço.

Donde se conclui que:
(1) Alckmin é um grande mentiroso, não é médico; ou
(2) Alckmin é um médico incompetente. O que não é tão preocupante, já que ele não trabalha mais como tal.

Então, como cabe a qualquer eleitor, acabei comparando o candidato do PSDB a Lula. Não, nem pensei em diploma, seria até sacanagem. Eu estava pensando em sua história profissional: um cara que veio de baixo, operário, vítima de um acidente que lhe levou o dedo. O mínimo. Da mão esquerda! Como, raios, alguém perde este dedo em qualquer tarefa laborativa? O indicador e o polegar estão em risco, vão sempre na frente, mas, o mindinho? Vai ver não foi bem assim que ele sofreu essa amputação.

Será que ele seria capaz de tamanha manobra política, uma artimanha que o transportou de trabalhador braçal a vítima da sociedade capitalista, quase um mártir? Ou num inexplicável malabarismo ele conseguiu, de verdade, a façanha de cortar o dedo mais preguiçoso, menos indispensável, trabalhando?

Donde se conclui que:
(1) Lula é um grande mentiroso, não sofreu um acidente de trabalho; ou
(2) Lula é um operário incompetente. O que não é tão preocupante, já que ele não trabalha mais como tal.

Enfim, olhando de perto, tanto faz a escolha do último dia 29. A gente ia errar de qualquer jeito, mas brasileiro que é brasileiro, mesmo se fudendo, não desiste nunca.

PS 1: Mas ninguém ficou curioso pra saber o que continha o tal do dossiê? A Caros Amigos publicou que dava até impeachment do Serra...
PS 2: E o dinheiro? De onde veio o dinheiro? (hehehehe)

quarta-feira, novembro 1

Bradescompleto idiota

Lendo as peripécias do Marco com a iG, no Jesus, me chicoteia, resolvi contar o que eu passei com o Bradesco... Começou com uma conta de R$2.400,00 pra pagar, e eu precisando sacar 1.800 pratas da minha conta salário pra fazer o pagamento, o resto da grana no BB. Cheguei à agência e fui direto ao caixa, porque já sabia que, no eletrônico, o limite diário é de 600,00. Qual não foi a minha surpresa quando, chegada a vez, o funcionário me informou que, ao vivo, o limite era o mesmo. Meu dinheiro, minha conta, eu tentando sacar, e não podia. Proteção, diz o cara, caso eu seja vítima de um seqüestro relâmpago. Racional, tudo bem, eu pego o resto no BB e pago a conta aqui no caixa. Também não pode! Uma maravilha, o meu banco protege meu dinheiro até de mim mesmo: são no máximo 600 no caixa e 600 no eletrônico, e foda-se. Pê da vida, calculei que, entrando no especial do BB, dava pra pagar a conta e, no dia seguinte, cobrir o rombo. Mas pedi um DOC do resto.

- Já cadastrou suas contas de destino? Só pode fazer DOC pra conta cadastrada pela internet.
- Tudo bem, eu cadastro. Como é que eu faço?
- Fácil, é só acessar o internet banking.

Silêncio, conferência de saldo, e o cara manda:

- Já tem senha cadastrada pra acessar a internet?
- Não. Quando eu abri a conta, não pediram pra cadastrar.
- Ah, então vai ter que ligar pro Fone Fácil Bradesco, e cadastrar sua senha de internet.
- Ok. Você pode me dar o número?

O cara entrega o cartãozinho, já com um sorriso amarelo, e pergunta:

- Mas a senha do Fone Fácil, você tem, né? Se não, vai ter que ir à sua agência - não, não serve qualquer uma - e cadastrar, pra poder acessar o serviço.

É de se rasgar, né não? Mas depois de ser obrigado a entrar no especial por conta deles, achei melhor não desistir. Segui todas as instruções do infeliz - recapitulando:

(1) Ir à minha agência, cadastrar senha do Fone Fácil;
(2) Ligar pro Fone Fácil, e cadastrar senha da internet;
(3) Acessar o site e cadastrar as contas de destino da minha fortuna;
(4) Confirmar os dados fornecidos;
(5) Imprimir (??) em duas vias o cadastro das contas e levar à minha agência (!!!!). Nem por fax, Marco, nem por fax...

Enfim, depois de ter feito o serviço deles, ninguém sabia me dizer onde era pra entregar a #$%&@ do papel. Pulei de galho em galho, até me mandarem pra uma fila, funcionário sozinho, atendendo o nº 4, eu com a senha 19! Aí eu perdi a linha. Fui pro balcão, xinguei meio mundo, o cara me perguntou por quê eu estava nervoso, eu expliquei que só queria tirar meu dinheiro daquela merda de banco, até conseguir entregar o papel - sem esperar e com protocolo.

Mês seguinte, entro na internet pra fazer o DOC do pagamento e, surpresa: nenhuma conta cadastrada!!!!

Liguei para o Fone "Fácil" e, ao falar em Procon, consegui fazer o DOC na hora, por telefone. Incrível, fui informado de que essa sempre foi uma opção! Agora eu sigo nesse martírio mensal, gastando (satisfeito) uma taxa de 8 pratas pra me ver livre desse tamborete, e sonhando, toda noite, com a carta de demissão que eu vou escrever, quando encontrar outro emprego que não pague por lá...