sexta-feira, março 30

Muito bem, Flipper

Passei na Residência pro Hospital da Lagoa, no Rio!

Na segunda reclassificação do município, em fevereiro!

Só fiquei sabendo hoje!

Perdi a vaga!

Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!

terça-feira, março 27

Mundo mar, eu peixe

O mar não tá pra peixe.

quinta-feira, março 22

Bem vindos ao litoral mineiro

Hoje começou a rodada juizforana do Circuito Nacional de Vôlei de Praia. Sem comentários...

segunda-feira, março 19

Catolicídio?

Bento XVI, ex-Panzer Ratzinger, divulgou, na última semana, o segundo documento de seu pontifício, dizia a Época que eu li à tarde. Em Sacramentum Caritatis, entre outras coisas, o Papa reafirma a importância do celibato dos sacerdotes da Santa Igreja, refutando os argumentos de que essa prática se deve a posições muito posteriores ao início do Cristianismo - mais precisamente, século XI, quando a abstinência sexual passou a ser exigida. Nas palavras do próprio, "não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido sua missão até o sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito." Hein?!

À noite, a Discovery exibiu O sepulcro esquecido de Jesus, documetário de James Cameron e Simcha Jacobovici sobre a Tumba Talpiot, jazigo perpétuo da família de um tal Yeshua (Jesus), filho de um José e de uma Maria, casado com Mariamne (Maria, a do Mestre), irmão de Matia (Mateus) e pai de Judá (Judas).

Há quem diga, com muita propriedade, que no século I esses nomes eram muito comuns. Mas uma família inteira... Olha, eu, aqui na minha cidade, no ano 2007, não conheço duas famílias homônimas completas. Nem enterradas! O povo de Jerusalém era, assim, tão pouco criativo?

Dan Brown avisou, levaram na brincadeira. Sua Santidade está caminhando em solo arenoso. A sorte do Vaticano é que, com fé, ignoram-se até mesmo verdades científicas. Caso contrário...

Alessandro Soares sabe mais que eu do assunto.

sexta-feira, março 16

Chega de Segurança, falemos da FUNAI

Na época do descobrimento do Brasil, os índios carijós habitavam as terras de Santa Catarina. Essa tribo foi considerada extinta no século XVIII. Em 1991, no entanto, a Sra. Maria Inês Ladeira, antropóloga, brasileira, publicou sua - e exclusivamente sua - tese de que o grupo teria, na verdade, se refugiado no interior do continente, e seriam ascendentes dos embiás paraguaios.

Eu nem sabia que índios lêem teses de antropólogos. Mas esses leram. Leram e, prontamente, se mudaram para o Morro dos Cavalos, na região de Floripa. Perto da BR-101, que estava por ser duplicada. A FUNAI, então, sempre alerta, contratou a Sra. Maria Inês (quem mais?) para conduzir o processo de demarcação da área como reserva indígena e, na seqüência, impediu as obras do DNIT, exigindo (1) que a estrada passe por baixo do referido morro - túnel com um custo adicional de R$150.000.000,00 - e (2) uma indenização aos índios, pelos danos causados ao seu terreno.

Em resumo: uma tese não compartilhada por qualquer antropólogo provocou a importação de índios paraguaios, a interferência da FUNAI, o embargo de obras públicas por mais de uma década, um aumento de custo de milhões, e a área, inóspita, nem recebeu status de reserva. Esse processo está, agora, tramitando no STJ.

Só pra esclarecer: do que os índios vivem? Do Bolsa Família. O que eles vão fazer com a indenização? Comprar terrenos em outro lugar, pois o relevo por lá nem permite atividades de subsistência, e migrar. Opa! É isso mesmo? Reserva indígena sem índios?!

Eu queria estar brincando, mas juro que é sério. Ah, Brasil...

Leia o resto dos absurdos nas palavras de José Edward, in Veja.

Tratamento político do infarto agudo

Um policial de seus 50 anos, gordinho, chegou ao Pronto Socorro pálido, suando frio, um pouco tonto, queixando-se de uma dor forte no peito, em aperto, que se irradiava para o braço esquerdo e para o pescoço. Contou que a dor começara uns quarenta minutos antes, durante uma pelada, e que já vinha tendo alguns episódios de dor parecidos, especialmente quando nervoso, mas que normalmente melhorava depressa, se ele relaxasse, fumasse um cigarro.

Nos velhos tempos da Medicina, eu ficava preocupado, dava AAS pra mastigar, oxigênio, media a pressão, fazia um eletro em, no máximo, dez minutos e, conforme o resultado, partia pra um Isordil debaixo da língua, propranolol, clopidogrel, talvez morfina, nitroglicerina, heparina, trombolíticos na veia. Talvez, até uma angioplastia de urgência.

Dessa vez, já fiquei mais tranqüilo, porque aprendi com os intelectuais de plantão que a resposta para tudo é a Educação.

Então, eu me sentei calmamente à beira da cama e expliquei que ele não devia ter fumado por tantos anos. Devia ter feito uma dieta com menos sal e gorduras, e exercícios regulares, para perder peso. Devia ter procurado um médico, para controlar a sua pressão, fazer exames de rotina e, se necessário, tomar remédios para baixar o colesterol e o açúcar. Que não podia ter arriscado tanto, ainda mais com uma profissão tão estressante, e com tantos casos de doença cardíaca na família.

Fiquei chocado quando ele morreu! Tinha entendido que essa conduta era infalível. Pode ser que, com o exemplo, seus netos nunca comecem a fumar, aprendam a se alimentar adequadamente, e não cheguem à mesma situação. Ou seja, tem efeitos no futuro, mas o paciente de hoje morre mesmo. Fiquei pensando... Acho que é preciso fazer as duas coisas.

Não funciona na Saúde. Não funciona na Segurança Pública.

N.A.: Perdão pela linguagem técnica.

segunda-feira, março 12

Amargo Rio Doce

Volta de Vila Velha, no famoso Rio Doce. Poltrona 40. Em frente ao banheiro.

Uns cinco ou sete passageiros com diarréia, penso eu. Desde a partida - ainda dentro da cidade -, a cada 10 minutos, um dos privadadidos (dependentes de vaso sanitário) aparecia pra checar a saúde. Inclusive durante a parada da viagem, escolhiam usar o banheiro do ônibus.

Concordam comigo, que é falta de Ética? A 50 metros de um banheiro público arejado, com água fresca pra lavar as mãos, escolher cagar bem no meu nariz? Quando o senhor de bigodes (não confio em senhores de bigodes) passou do meu lado, tive que pedir trégua, e encaminhá-lo ao estabelecimento correto. Não gostou, mas foi, então tá bom.

Assim que o ônibus arrancou, um coroa rotundo, sem camisa, no último banco do outro lado, acorda e pergunta pela parada. Informado de que estávamos partindo, e aborrecido pelo fato de não tê-la aproveitado, confessou ao seu colega de poltrona que, assim sendo, ia fumar. Poxa, eu também fumo, entendo a vontade, mas não dá: de novo, fui obrigado a me manifestar e expliquei que incomoda, é lei, e que se ele acendesse o cigarro, eu ia falar com o motorista. Resmungou, mas não fumou, e todo mundo agradeceu em silêncio. Digo, alguns até cagaram pra comemorar. De fato, reduziram o intervalo para 8 minutos.

Faltando uns 100km pra chegar, consegui tirar um cochilo. Acordei já dentro da cidade, com uma senhora muito simpática, um pouquinho acima do peso, que confundiu meu ombro com o encosto da poltrona, enquanto aguardava sua vez na porra do banheiro. Aí, perguntei se ela também estava com rotavírus. Um pouco sem graça, respondeu-me negativamente. "Então, a senhora vai voltar pro seu banco e esperar sentadinha até a rodoviária, porque, por Deus, eu não agüento mais sentir esse fedor. Merda!"

Eu sei que eu sou chato. Especialmente, quando falo o que todo mundo pensa, mas não tem coragem de dizer. Tudo bem, fiz uma boa economia, indo de carro com meu pai e voltando de ônibus. Mas da próxima vez, ou eu gasto com a gasolina, ou ninguém vai me ver no Espírito Santo...